Benkler, Yochai. Towards a political economy of information.

Notas em “FREEDOM IN THE COMMONS: TOWARDS APOLITICAL ECONOMY OF INFORMATION”, de Yochai Benkler

Pressupostos

Economia da informação em  rede

Contraposta à economia da  informação industrial.

Esta começa em resposta à  situação caótica da produção em  massa de mercadorias e sua  distribuição do início do século  XX.

A informação começa a ser  discutida e utilizada tendo em  vista processos de controle da  produção e do comportamento  humano a ela relacionado.

Ainda a Economia da informação industrial

Além de que predominou ao  longo do século XX uma infra- estrutura capital-intensiva de  produção cultural.

Todo suporte material para a  produção e transmissão de  conteúdos culturais dependia de  grandes empresas, maquinaria  pesada e uma organização  industrial de produção e  distribuição e massa (Indústria  cultural).

Economia da  informação em rede

Equipamentos que usuários  comuns possuem não destoam  dos que as empresas possuem.

Qualquer um pode publicar  notícias, textos, imagens…

Novas condições materiais de  produção da informação.

Descentralização.

Produção de cultura entre ‘pares’.

Liberalismo Político

Benkler vê, com essa nova  economia, a possibilidade de  se resgatarem os principais  valores de uma sociedade  liberal:

Democracia, Autonomia e Justiça  social.

Surge agora uma produção entre  ‘iguais’ de conhecimento, cultura  e informação como bem-público .

Que, ademais, começa a impor  limites à produção mercadológica  de bens intangíveis.

Liberalismo político X  econômico

Destaque para a diferença com  relação ao Liberalismo  econômico:

O avanço do mercado impõe  limites à busca destes valores.

Ênfase na tolerância das  diferentes visões de mundo.

John Rawls: Uma sociedade  liberal deve buscar um modo de  produção baseado em outro tipo  de propriedade (nem privada nem  estatal).

 

Promovendo valores

Democracia

Discurso político aberto e  ampliado.

A mídia perde seu poder de  formadora de opinião.

Canais alternativos estão  amplamente difundidos.

Forma um discurso menos  coerente, porém, legítimo.

Mídia cresce, de fato:

AOL Time Warner, at&t,  Microsoft…

Entretanto, o autor vê isso como  uma tentativa de resgatar um  poder que ela vem perdendo.

Autonomia

Liberdade individual.

Na promoção deste valor, a  produção não-mercadológica  deve ser mais valorizada.

A produção proprietária coloca  limites à autonomia.

Autor se aproxima de uma crítica  socialista:  o que ele questiona é  a apropriação dos canais de  transmissão e produção de bens  intangíveis.

O indivíduo é capaz de definir  sua atividade produtiva bem  como seu consumo.

Justiça social

Princípio da equidade.

A liberdade individual de  perseguir seus objetivos deve  ter como pressuposto as  mesmas condições de partida.

A desigualdade é justificável tão- somente enquanto estiver  baseada nas diferentes escolhas  e ações individuais.

 

O autor sugere que a infra- estrutura seja pública deixando  provedores de mercado  competirem com atores  exteriores ao mercado na  produção de informação.

Isto diminui os preços e alcança  os que estão numa condição  inicial desvantajosa.

Nações em desenvolvimento, por  exemplo.

Tomada de consciência

Há significativas pressões para  que se reproduzam a se  intensifiquem a legislação  sobre propriedade intelectual  feitas com base na ‘velha’  economia.

A sociedade tem se deixado  levar pelo lobby de quem “está  acostumado a vencer”.

A legislação e moral que  defendem estes “atores” está  baseada, no entanto, em  tecnologias e modelos de  produção do século passado.