Twitter registra patente que descreve tecnologia por trás do serviço

Co-criador do Twitter registra patente
Co-criador do Twitter registra patente

O registro da patente do mecanismo do sistema por trás do Twitter foi concedido a Biz Stone e Jack Dorsey, cofundadores da empresa, nesta terça-feira (19). O documento, registrado pelo escritório de marcas e patentes do governo dos Estados Unidos, descreve um serviço no qual os usuários podem seguir outros usuários e enviar mensagens sem especificar o destinatário, mas que são enviadas aos seguidores, de acordo com regras do próprio sistema.

O pedido de registro de patente aconteceu em julho de 2007, um ano após o lançamento oficial do Twitter pela Odeo, empresa de Biz Stone, Jack Dorsey e Evan Willians. Desde o lançamento, o Twitter se tornou um dos sites mais visitados da internet e ultrapassou 500 milhões de usuários cadastrados em 2012.

De acordo com o site The Verge , é improvável que os fundadores do Twitter utilizem a patente para processar outras empresas que oferecem serviços similares.

No ano passado, a empresa anunciou o acordo de patentes inovadoras. Por meio dele, a empresa afirma que continuará registrando patentes de tecnologias criadas por seus engenheiros, mas assegurará de que elas não sejam usadas em processos contra empresas, apenas como “medida” defensiva.

Em comunicado ao site, o Twitter afirmou que “como muitas empresas, nós pedimos o registro de diversas de nossas invenções. Nós também pensamos muito em como essas patentes podem ser usadas no futuro e é por isso que apresentamos o acordo de patentes inovadoras para manter o controle dessas patentes nas mãos dos engenheiros e designers.”

 Fonte: Portal IG

 

EUA negam recurso da Apple em caso de violação de patentes

A VirnetX – companhia que desenvolve softwares de segurança para a internet – informou nesta quarta-feira (27) que um tribunal do Texas, nos Estados Unidos, negou um recurso da Apple para reduzir o valor da indenização a ser pago pela companhia americana em um caso de violação de patentes.

Em novembro, a Apple foi condenada a pagar US$ 368 milhões à VirnetX, pela suposta violação de tecnologias da empresa em seu aplicativo de bate-papo com vídeo, o FaceTime.

Na nova decisão, além de rejeitar o pedido da Apple, o tribunal estabeleceu um prazo de 45 dias para que as duas partes cheguem a um acordo. Após este período, a empresa fundada por Steve Jobs pode pagar multa diária de cerca de US$ 330,2 mil.

Também em novembro, a VirnetX entrou com outro processo acusando a Apple de violar quatro patentes de sua propriedade. A queixa envolve tecnologias usadas no iPhone 5, iPod Touch 5, iPad 4 e os últimos modelos dos computadores Macintosh.

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/02/eua-negam-recurso-da-apple-em-caso-de-violacao-de-patentes-2.html

Sistema de patentes está sufocando inovação tecnológica

O sistema de patentes deveria ser abolido, porque sufoca a inovação, e a vantagem de chegar primeiro ao mercado com uma nova tecnologia já é suficiente para garantir ao inventor o retorno de seu investimento.

A afirmação está no artigo de autoria de dois economistas do FED, o banco central dos Estados Unidos, publicado na edição de inverno de 2013 do periódico Journal of Economic Perspectives.

De acordo com Michele Boldrin e David Levine, que também são autores do livroAgainst Intellectual Monopoly (Contra o Monopólio Intelectual), publicado em 2008 e que põe em questão o valor social não só das patentes, mas também dos direitos de propriedade intelectual como o copyright de músicas e filmes, “não existe evidência empírica de que as patentes sirvam para aumentar a inovação ou a produtividade, a menos que se identifique produtividade com o número de patentes concedidas”.

Eles afirmam que não há correlação entre o número de patentes e a produtividade real da economia.

Outro artigo publicado na mesma edição do periódico, de autoria de Petra Moser, da Universidade Stanford, faz uma análise da história da relação entre inovação e leis de patentes e chega a uma conclusão parecida: “No geral, o peso da evidência histórica (…) indica que políticas de patente, que garantem fortes direitos de propriedade intelectual às primeiras gerações de inventores, podem desencorajar a inovação”.

Abolição das patentes

“A solução que propomos é abolir as patentes por completo, e identificar outros instrumentos legislativos menos abertos ao lobby e ao rentismo, para estimular a inovação onde houver clara evidência de que a plena liberdade de mercado não a fornece em escala suficiente”, escrevem Boldrin e Levine em seu artigo.

O diretor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, Sérgio Salles-Filho, que também é professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da universidade, embora concorde com a ideia de que as patentes precisam de uma melhor regulação e de que o sistema atual caminha para se tornar um “anacronismo”, não acredita que os autores tenham comprovado a tese de que as patentes atrapalham a inovação.

“Existe uma diferença imensa entre dizer que a inovação não acompanha o ritmo dos patenteamentos e provar que as patentes atrapalham a inovação”, criticou.

Para dar suporte a seu argumento, os dois autores citam o que chamam de “enigma das patentes”: “a despeito do imenso aumento no número de patentes e na força da proteção legal, a economia dos EUA não assistiu nem a uma aceleração dramática da taxa de progresso tecnológico, nem a um aumento significativo dos níveis de investimento em pesquisa e desenvolvimento”.

Eles afirmam que o “enigma” é consistente com a ideia de que o poder de monopólio concedido por uma patente é um incentivo menor do que o oferecido pela competição, ou pela vantagem de ser o primeiro a desbravar uma tecnologia.

Os dois autores oferecem alguns dados em apoio à tese, afirmando que, no período de 1983 a 2010, o volume de patentes concedidas nos Estados Unidos dobrou duas vezes, indo de 59 mil para 244 mil, enquanto os gastos com pesquisa e inovação, e os ganhos de produtividade do trabalho, nem de longe acompanharam esse ritmo.

Sufocando a inovação

“A recente explosão de patentes (…) não trouxe nenhuma explosão adicional de inovações úteis ou produtividade”, denunciam. “Em indústrias como biotecnologia e software – onde a tecnologia já estava prosperando sem elas – as patentes foram introduzidas sem nenhum impacto positivo na inovação”.

A evidência histórica, afirmam, sugere que “um sistema fraco de patentes pode estimular um pouco a inovação, com poucos efeitos colaterais” mas que um sistema forte de defesa da propriedade intelectual “retarda a inovação, com muitos efeitos negativos”.

Para Boldrin e Levine, embora um sistema de patentes ofereça, num primeiro momento, o incentivo para inovar, no longo prazo esse mesmo sistema tende a sufocar a inovação: “a existência de um grande número de monopólios criados por patentes concedidas no passado reduz os incentivos para a inovação no presente, já que os inovadores atuais estão sujeitos à constante ação legal e às exigências de licenciamento dos detentores de patentes”.

Patentes como armas

Um caso citado no artigo é o da compra da Motorola pelo Google, “primariamente por seu portfólio de patentes, não pelas ideias e inovações contidas nesse portfólio”.

“Poucos, se algum, aperfeiçoamentos ou mudanças no sistema operacional Android do Google resultarão da compra ou do estudo dessas patentes”, preveem os autores. “O objetivo do Google em obtê-las é meramente defensivo: podem ser usadas contra a Apple e a Microsoft, tirando força de seu ataque legal ao Google”.

Eles concluem que “essa análise de aplica a um amplo espectro de patentes: não representam inovação útil, são apenas armas numa corrida armamentista”.

Segundo a análise de Boldrin e Levine, o sistema de patentes representa um problema grave para os inventores do futuro. Com tantas licenças a adquirir e a incerteza quanto ao sucesso da nova criação no mercado, cada detentor de patente busca subir o preço de seu componente, o que eleva os custos para os demais detentores de patentes, tornando todo o sistema de licenciamento ineficiente, do ponto de vista econômico.

Como exemplo de que as vantagens de ser o primeiro a oferecer uma nova tecnologia ao mercado superam as de ter uma patente, os autores citam o caso do iPhone. “A Apple obteve lucros enormes nesse mercado antes de enfrentar qualquer competição substantiva”, lembram. “O primeiro iPhone foi lançado em junho de 2007. O primeiro concorrente sério, o HTC Dram, com Android, saiu em outubro de 2008. Nesse intervalo, mais de 5 milhões de iPhones já tinham sido vendidos (…) No mercado de tablets, o iPad não tinha concorrente sério até o fim de 2012, a despeito de ter sido lançado em abril de 2010”.

Indústria farmacêutica

Boldrin e Levine reconhecem o que chamam de “argumento padrão” da indústria farmacêutica: “sem patentes, sem drogas”. No ano passado, publicações como a revista Nature e o jornal Financial Times chegaram a produzir reportagens sobre o “abismo de patentes” que estaria ameaçando a indústria farmacêutica, com o vencimento do monopólio sobre diversas drogas altamente rentáveis, abrindo caminho para a concorrência dos genéricos.

O “argumento padrão” tem como base o alto custo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova droga, incluindo, principalmente, a fase de testes em seres humanos. Os autores do artigo citam dados de que o preço total de pôr um novo medicamento no mercado “aproxima-se rapidamente da marca de US$ 1 bilhão”.

Boldrin e Levine sugerem que o monopólio garantido pela patente seja substituído por um outro tipo de incentivo, seja o financiamento público dos testes de Fase 3, realizados para demonstrar a eficácia de uma nova droga, ou pela autorização da venda de medicamentos, a preço de custo, depois de eles terem sido provados seguros, mas antes de serem provados eficazes.

“As empresas farmacêuticas poderiam vender novas drogas a ‘preço econômico’ até que a eficácia fosse comprovada, e poderiam passar a cobrar preços de mercado depois disso”, explicam.

Também argumentam que o temor de que os genéricos sufocariam de imediato a lucratividade de novas drogas, caso as patentes sejam abolidas, pode ser infundado, já que as versões genéricas chegam ao mercado imediatamente após o fim da proteção patentária.

“Isso ignora o fato de que [no sistema atual] os fabricantes de genéricos têm mais de uma década para fazer a engenharia reversa do produto, estudar o mercado e montar linhas de produção”, dizem os autores, citando um estudo que sugere que pelo menos quatro anos são necessários para que uma cópia de um medicamento chegue ao mercado, após a introdução do original.

“A vantagem do pioneirismo no mercado farmacêutico é maior do que se imagina”, concluem.

Pressão política

Pressão política é um dos fatores que fazem com que sistemas de patentes tornem-se contraproducentes ao longo do tempo, diz o artigo. “As pressões político-econômicas tendem a beneficiar os detentores de patentes que estão em boa posição para fazer lobby (…) Isso explica por que a exigência política por proteção mais forte às patentes vem de indústrias e empresas velhas e estagnadas, não de novas e inovadoras”.

Entre as sugestões apresentadas no final do artigo, está a de reduzir o tempo de validade das patentes paulatinamente; caso a redução prejudique a inovação, o processo pode ser revertido. Também se propõe que “pare a maré crescente” de itens considerados patenteáveis, e que a legislação antitruste passe a limitar as patentes de setores onde elas estejam atrapalhando a inovação.

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=abolir-sistema-patentes&id=010175130309

INPI lança sistema online de pedido de patentes

O e-Patentes será lançado pelo Instituto Nacional  de Propriedade Industrial (INPI) na abertura do seu primeiro Congresso, que acontece no Rio de Janeiro, entre os dias 19 e 21 de março, no Centro de Convenções Sulamérica (Av. Paulo de Frontin, nº1, Cidade Nova).

O sistema contribuirá para reduzir pela metade o prazo de concessão do certificado. “Com essa novidade, esperamos estimular a inovação tecnológica e aumentar os pedidos de patente no país”, declarou o presidente do INPI, Jorge Ávila. Durante o evento também serão anunciadas outras estratégias de melhoria operacional e debatidas as metas do Instituto para os próximos anos.

O sistema de pedido de patentes via Internet é simples e funciona de maneira similar ao procedimento realizado em papel, com a vantagem de apontar na hora os possíveis erros de preenchimento, evitando a demora no processo, além de permitir que o pedido seja realizado de qualquer lugar. O método é rápido, prático e totalmente seguro, garantindo a inviolabilidade das informações enviadas. Ao final do procedimento, o sistema emite um comprovante com um código QR que permite acompanhar o andamento do pedido. O e-Patentes foi o vencedor do XI Prêmio Excelência em Governo Eletrônico (e-Gov) 2012.

http://www.jb.com.br/rio/noticias/2013/03/15/inpi-lanca-sistema-online-de-pedido-de-patentes/

Sistema eletrônico vai agilizar os exames de patentes no país

Rio de Janeiro – O sistema online para depósito de patentes, o e-Patentes, será lançado amanhã (19) pelo Insituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O sistema eletrônico vai tornar mais rápido e simples todo o processo de patentes pelo instituto. O presidente do Inpi, Jorge Ávila, ressaltou que o depósito online traz vantagens em relação ao depósito em papel.

“Quando você faz o preenchimento dos formulários eletrônicos, o formulário critica o que está sendo preenchido e os erros que a máquina consegue identificar são evitados já na hora do preenchimento. Além disso, como o formulário é transmitido por via eletrônica, não tem manuseio, não tem que digitalizar. Então, não tem extravio, não tem perda de informação na digitalização. Produz uma entrada de dados para o Inpi muito mais simples, ágil, limpa e livre de erros. Isso agiliza o exame”, disse Ávila. Ao final, segundo ele, o sistema emite um comprovante com um código QR que permite acompanhar o andamento do pedido.

A meta do Inpi, enfatizou o presidente do instituto, é chegar ao fim de 2014 com uma capacidade de processamento de 50 mil patentes por ano, englobando o arquivamento administrativo, o indeferimento técnico e a concessão. “Se a gente atingir essa marca, vai estar podendo entregar ao usuário que depositar pedidos de patente em 2014 o resultado do pedido dele em um tempo tão curto, como o oferecido em qualquer escritório eficiente do mundo. Isso significa quatro anos a partir do depósito ou entre 12 meses e 18 meses a partir do pedido de exame, o que é uma marca bastante boa”.

O Inpi vai oferecer também, para os clientes que tiverem o órgão como primeiro escritório de depósito, o serviço de uma avaliação preliminar da patenteabilidade. “O exame preliminar dá informação para ele até 12 meses a partir do depósito, de maneira que tenha possibilidade de aperfeiçoar o seu pedido e de fazer negócio com aquele pedido de patente, mesmo antes de essa patente ser decidida”. O serviço de avaliação preliminar já está disponível.

No ano passado, as decisões sobre patentes envolveram 32.574 processos, devido a um estoque elevado de pedidos de patentes de anos anteriores para ser arquivado. Para 2013, o volume de processamentos é estimado em 22 mil. O sistema online de depósito de patentes será lançado durante congresso do Inpi que começa amanhã e se estenderá até quinta-feira (21), no Rio de Janeiro.

 

http://www.ebc.com.br/tecnologia/2013/03/sistema-eletronico-vai-agilizar-os-exames-de-patentes-no-pais