As restri\u00e7\u00f5es mais importantes que limitam os mercados s\u00e3o aquelas que determinamos de propriedade (p12). Essas regras determinam qual recursos temos ao estabelecer rela\u00e7\u00f5es com os outros. A posse ou a falta permite fazer ou recusar a fazer nas rela\u00e7\u00f5es em torno dos recuross.<\/p>\n
Commons s\u00e3o espa\u00e7os institucionais em que os agentes humanos podem agir sem as restri\u00e7\u00f5es particulares exigidas pelos mercados. Os recursos s\u00e3o governados por restri\u00e7\u00f5es diferentes do direito de propriedade.<\/p>\n<\/div>\n
Sua principal caracter\u00edstica \u00e9 que ningu\u00e9m tem o controle exclusivo do uso e da disposi\u00e7\u00e3o de qualquer recurso particular (p12). As regras, estabelecidas por uma comunidade podem variar desde o vale tudo at\u00e9 regras claras e formamente articuladas e efetivamente impostas.<\/p>\n<\/div>\n
1 – Se s\u00e3o abertos a todos a apenas a um grupo definido. Os oceanos, o ar e os sistemas rodovi\u00e1rios s\u00e3o exemplos claros de commons abertos. Pastos e irriga\u00e7\u00e3o controlados por uma aldeia (descritos por Eleanor Ostrom) s\u00e3o exemplos de commons limitados, pois est\u00e3o acess\u00edveis coletivamente somente aos memtos da aldeia ou da associa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
2 – Regulado ou n\u00e3o. Sistemas de propriedade comum s\u00e3o, na sua quase totalidade, regulados por limita\u00e7\u00f5es (formais ou socialmente convencionadas). Commons de acesso abertos s\u00e3o variados e n\u00e3o tem qualquer governan\u00e7a por nenhuma regra. Qualuquer um pode usar o quanto quiser. Ex.: o ar, com respeito a sua obten\u00e7\u00e3o. Ele \u00e9 levemente regulado por conven\u00e7\u00f5es (nao respiramos na cara das pessoas, tamb\u00e9m tem regula\u00e7\u00f5es industriais). As rodovias, as cal\u00e7adas e rodovias s\u00e3o um bom exemplo de commons bem regulado. O conhecimento anterior ao s\u00e9culo XX, da qual se fundamentou toda a ci\u00eancia contempor\u00e2nea, tamb\u00e9m \u00e9 um commons regulado bem sucedido.<\/p>\n<\/div>\n
Na d\u00e9cada de 60 Garret Hardin criou uma express\u00e3o \u201ca trag\u00e9dia dos commons\u201d efendendo que os commons s\u00e3o tr\u00e1gicos porque acabariam sendo exauridos por uma l\u00f3gica de mercado, se n\u00e3o estivessem espectro. De certo modo, um sistema de ger\u00eancia de recursos deve estar disposto a ser sustent\u00e1vel e eficiente dependendo das caracter\u00edsticas tecnol\u00f3gicas do recursos e dos padr\u00f5es de sua utiliza\u00e7\u00e3o (p14). Carol Rose identificou que as externalidades s\u00e3o bons candidatos a commons. Ela usou a id\u00e9ia para sugerir a raz\u00e3o por que estradas e canais, instrumentos cl\u00e1ssicos de com\u00e9ricio, tendiam a gravitar em torno do modelo de commons mesmo com o desenvolvimento da propriedade privada (p12).<\/p>\n<\/div>\n
O abiente digital em rede \u00e9 permeado de recursos, que apesar que n\u00e3o sejam bem p\u00fablicos, funcionam na l\u00f3gica dos commons, pois reduzem a escassez e apresentam melhor desempenho que nos sistema baseados em propriedade. Assim sugere a comunica\u00e7\u00e3o sem fio e o software livre.<\/p>\n<\/div>\n
Primeiro porque s\u00e3o preocupa\u00e7\u00f5es relativas a pol\u00edtica da inova\u00e7\u00e3o, principalemnte se n\u00e3o quisermos depender da permiss\u00e3o de conession\u00e1rios que procuram restringir esses caminhos em nome dos seus planos de neg\u00f3cio.<\/p>\n
Mas commons de informa\u00e7\u00e3o, cultura e conhecimento, tamb\u00e9m se fala na opera\u00e7\u00e3o de espa\u00e7os livres das leis de estrutura\u00e7\u00e3o demercados, que atinge o cerne da liberdade e democracia.<\/p>\n<\/div>\n
Berlusconi – poder pol\u00edtico desproporcional aos seus propriet\u00e1rios ou \u00e0queles que podem pagar por eles. Baywath – substitui\u00e7\u00e3o do discurso p\u00fablico pela distribui\u00e7\u00e3o de produtos vendidos como mercadorias.<\/p>\n
Os commons permitem que os indiv\u00edduos e grupos possam produzir informa\u00e7\u00e3o e cultura por conta pr\u00f3pria.<\/p>\n
Por\u00e9m os gigantes industrias que dominam a produ\u00e7\u00e3o e a troca da informa\u00e7\u00e3o n\u00e3o v\u00e3o abrir m\u00e3o facilmente do seu dom\u00ednio.<\/p>\n
Na camada f\u00edsida, o controle dos fios e das licen\u00e7as de transmiss\u00e3o de ondas, necess\u00e1rias a comunica\u00e7\u00e3o oferece um ponto de controle.<\/p>\n
Na camada l\u00f3gica, os padr\u00f5es, os protocolos e os softwares necess\u00e1rios oferecem um ponto de controle de luxo.<\/p>\n
Na camada de conte\u00fado, a propriedade intelectual, amea\u00e7am ofereer aos seus propriet\u00e1rios a capacidade de controlar quem fala, o que e para quem, com os principais signiicados culturais do nosso tempo.<\/p>\n<\/div>\n
Para capturar os benef\u00edcios da liberdade e da inova\u00e7\u00e3o que a economia da informa\u00e7\u00e3o em rede torna poss\u00edvel, \u00e9 necess\u00e1rio construir uma infra-estrutura b\u00e1sica comum, paralela a propriet\u00e1ria. Deve se estender a camada f\u00edsica, l\u00f3gica e de conte\u00fado. Nem todas as instala\u00e7\u00f5es de rpodu\u00e7\u00e3o da informa\u00e7\u00e3o precisam ser abertas, mas deve haver uma parte de cada camada que possa ser utilizada por todos sem a necessidade de permiss\u00e3o.<\/p>\n
\u00c9 preciso que haja sempre uma avenida aberta para qualquer pessoa ou grupo articular, codificar e transmitir o quer que ele quiser, nao importando que seja mariginal ou n\u00e3o-comercializ\u00e3vel.<\/p>\n<\/div>\n
– \u00c9 necess\u00e1rio construir uma camada f\u00edsica aberta pela redes sem fio abertas (commons do espectro radioel\u00e9trico). – Facilitar a cria\u00e7\u00e3o de uma camada l\u00f3gica aberta por padr\u00f5es abertos. Revers\u00e3o a medidas coercitivas como o\u00a0DMCA<\/abbr>\u00a0(Digital Milenium Copyright Act). – Uma camada de conte\u00fado aberto. Os direitos de propriedade inteletual ficaram fora de controle na \u00faltima d\u00e9cada, expandindo-se de forma jamais vista.<\/p>\n<\/div>\n – O bem mais sucedido \u00e9 o software live. – No campo cient\u00edfico, vemos o surgimento de esforos de cientistas para liertar a ci\u00eancia dos modelos antigos de publica\u00e7\u00e3o insutrial. A Public Library of Science e a Budapest Open Acess Iniciative s\u00e3o os primeiros neste sentido. S\u00e3o modelos de publica\u00e7\u00e3o e revis\u00e3o cient\u00edfica que n\u00e3o dependem de grandes editoras comerciais. – No caso das publica\u00e7\u00f5es o Creative Commons \u00e9 uma importante estrutura. – Nas comunica\u00e7\u00f5es, surge a blogosfera.<\/p>\n Construir uma infra-estrura comum que nos permitir\u00e1 sair de uma condi\u00e7\u00e3o de consumidores passivos. \u00c9 o que pode permitir que qualquer um possa se tornar participante ativo do discuros pol\u00edtico, social e cultural.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A economia pol\u00edtica dos commons Tradu\u00e7\u00e3o: Paulo Cezar Castanheira. Commons: espa\u00e7os institucionais em que podemos praticar um tipo de liberdade (em rela\u00e7\u00e3o a restri\u00e7\u00f5es, que s\u00e3o pr\u00e9-condi\u00e7\u00f5es para os mercados) As restri\u00e7\u00f5es mais importantes que limitam os mercados s\u00e3o aquelas que determinamos de propriedade (p12). Essas regras determinam qual recursos temos ao estabelecer rela\u00e7\u00f5es com … <\/p>\nReformar as estrturas organizacionais que resistem ferozmente aos sistemas amplamente distribu\u00eddos:<\/h4>\n