Digital Right Management (\u201cgerenciamento de direitos digitais\u201d) – caracteriza-se por um conjunto de tecnologias utilizadas em conte\u00fados digitais com o intuito de controlar ou barrar a cria\u00e7\u00e3o de c\u00f3pias n\u00e3o autorizadas. Esse bloqueio pode ser compreendido como uma tentativa de empresas das \u00e1reas fonogr\u00e1fica, cinematogr\u00e1fica e de entretenimento, entre tantas outras, no sentido de proteger os direitos autorais e conter o avan\u00e7o da pirataria.<\/p>\n
Existem diferentes tipos de DRM, contudo, h\u00e1 caracter\u00edsticas comuns entre eles, como, por exemplo, a restri\u00e7\u00e3o na utiliza\u00e7\u00e3o de determinados arquivos. Assim, de maneira bastante geral, os mecanismos DRM podem tanto impedir a c\u00f3pia ou convers\u00e3o n\u00e3o autorizada, quanto limitar a uma quantidade espec\u00edfica de execu\u00e7\u00f5es. Tal tecnologia restritiva, criada em 1996, utiliza um c\u00f3digo que criptografa os dados da m\u00eddia e tem sido inclu\u00edda em boa parte dos dispositivos digitais, algumas vezes sem informar a quem os compra a respeito de suas consequ\u00eancias.<\/p>\n
Segundo Machado (2010), \u201c(…)os dispositivos que limitam ou impedem c\u00f3pias e execu\u00e7\u00f5es de CDs e DVDs, chamados de DRM, (…) al\u00e9m de serem facilmente contorn\u00e1veis, portanto ineficientes, ao inv\u00e9s de estimular a legalidade, afastam os usu\u00e1rios dela. Estes deixam de adquirir produtos legalmente pela frustra\u00e7\u00e3o de haver pago por uma m\u00eddia que impede inclusive uma simples c\u00f3pia caseira ou execu\u00e7\u00f5es em certos aparelhos (ver DOCTOROW, 2004). Ademais, o DRM \u00e9 ilegal, pois estabelece um bloqueio eterno, desrespeita as exce\u00e7\u00f5es de c\u00f3pias permitidas por lei e, em alguns casos, viola a privacidade do usu\u00e1rio\u201d.<\/p>\n
Apesar das medidas de controle t\u00e9cnico sobre a reprodu\u00e7\u00e3o e uso de programas de computador serem comuns desde a d\u00e9cada de 1980, o termo DRM refere-se mais diretamente ao crescente uso de medidas protecionistas referentes ao trabalho art\u00edstico. Entre as in\u00fameras controv\u00e9rsias acerca do uso dessa tecnologia, encontra-se o questionamento acerca do direito de livre utiliza\u00e7\u00e3o daquele que adquiriu determinado produto. Ademais, outro ponto levantado por cr\u00edticos a estes mecanismos diz respeito \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de c\u00f3pias de seguran\u00e7a que muitas vezes s\u00e3o impedidas pelo DRM.<\/p>\n
Existem variados mecanismos de DRM, mas, de maneira geral, todos t\u00eam em comum algumas caracter\u00edsticas:<\/p>\n
– detectam quem acessa cada obra, quando e sob quais condi\u00e7\u00f5es, e reportam essa informa\u00e7\u00e3o ao provedor da obra;<\/p>\n
-autorizam ou negam o acesso a obra, de acordo com as condi\u00e7\u00f5es que podem ser alteradas unilateralmente pelo provedor da obra;<\/p>\n
-quando autorizam o acesso, fazem-no sob condi\u00e7\u00f5es restritivas que s\u00e3o fixadas unilateralmente pelo provedor da obra, independentemente dos direitos que a lei fornece ao autor ou ao p\u00fablico.<\/p>\n
A impossibilidade de fazer uma c\u00f3pia de seguran\u00e7a (backup) de certos DVDs \u00e9 um exemplo de limita\u00e7\u00e3o relativa a presen\u00e7a do DRM. Isso ocorre porque essas m\u00eddias possuem um tipo de restri\u00e7\u00e3o chamada Content Scrambling System (sistema de embaralhamento de conte\u00fado, em tradu\u00e7\u00e3o livre), ou simplesmente CSS.<\/p>\n
Refer\u00eancias:<\/strong><\/p>\n DOCTOROW, C. Gerenciamento digital de direitos (DRM*) Palestra proferida para o Microsoft’s Research Group, Redmond, 17 de Junho de 2004 http:\/\/www.cultura.gov.br\/foruns_de_cultura\/cultura_digital\/artigos\/index.php?p=12771&more=1&c=1&pb=1. Original: http:\/\/www.dashes.com\/anil\/stuff\/doctorow-drm-ms.html \u00faltimo acesso em 01\/11\/2015<\/p>\n MACHADO, J. Desconstruido Propriedade Intelectual. Cadernos GPOPAIG, 2. S\u00e3o Paulo, POPAI-USP, 2010<\/p>\n ORTELLADO, P. \u201cPor que somos contra propriedade intelectual?\u201d. Dispon\u00edvel em http:\/\/www.egov.ufsc.br\/portal\/sites\/default\/files\/anexos\/27692-27702-1-PB.htm > \u00faltimo acesso em 01\/11\/2015<\/p>\n Autor: Digital Right Management (\u201cgerenciamento de direitos digitais\u201d) – caracteriza-se por um conjunto de tecnologias utilizadas em conte\u00fados digitais com o intuito de controlar ou barrar a cria\u00e7\u00e3o de c\u00f3pias n\u00e3o autorizadas. Esse bloqueio pode ser compreendido como uma tentativa de empresas das \u00e1reas fonogr\u00e1fica, cinematogr\u00e1fica e de entretenimento, entre tantas outras, no sentido de proteger … <\/p>\n
\nMarcelle Schimitt<\/strong> – Possui gradua\u00e7\u00e3o em Ci\u00eancias Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente \u00e9 mestranda em Antropologia Social pela mesma universidade. Possui interesse em estudos de g\u00eanero e sexualidade, antropologia do corpo e da sa\u00fade e antropologia da ci\u00eancia. Desenvolveu trabalho de conclus\u00e3o de curso tamb\u00e9m na \u00e1rea de g\u00eanero de sexualidade, intulado: “Sinus Pudoris: Conforma\u00e7\u00e3o de um Padr\u00e3o de Genit\u00e1lia Feminina Atrav\u00e9s de Cirurgias Pl\u00e1sticas”. \u00c9 Integrante do grupo de pesquisa (CNPq) “Ci\u00eancias na vida: Produ\u00e7\u00e3o de conhecimento e articula\u00e7\u00f5es heterog\u00eaneas” e do N\u00facleo de Pesquisa em Antropologia do Corpo e da Sa\u00fade (NUPACS\/UFRGS).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"