\u00c9 um princ\u00edpio \u00e9tico que visa ao estabelecimento de garantias minimamente democr\u00e1ticas na rede mundial, permitindo assim a circula\u00e7\u00e3o n\u00e3o diferenciada de informa\u00e7\u00f5es na rede, sem quaisquer interfer\u00eancias no tr\u00e1fego online. Este princ\u00edpio envolve arranjos t\u00e9cnicos e pol\u00edticos que pregam a neutralidade do tr\u00e1fego, isto \u00e9, uma base legal e uma arquitetura de rede que endere\u00e7a aos provedores de acesso o dever de tratar os pacotes de dados que trafegam em suas redes de forma ison\u00f4mica, navegando a mesma velocidade, n\u00e3o os discriminando em raz\u00e3o de seu conte\u00fado ou origem. O conceito deriva de uma lei federal dos EUA (Pacific Telegraph Act) referente \u00e0 rede telegr\u00e1fica, que foi desenvolvida em 1860 para subsidiar uma linha telegr\u00e1fica, afirmando que \u201cMensagens recebidas a partir de qualquer indiv\u00edduo, empresa ou corpora\u00e7\u00e3o, ou de quaisquer linhas telegr\u00e1ficas ligada com esta linha em qualquer dos seus terminais, deve ser imparcialmente transmitida na ordem da sua recep\u00e7\u00e3o\u201d1. Por\u00e9m, a aplica\u00e7\u00e3o desse termo \u00e0 internet popularizou-se no ano de 2003, quando o professor da Columbia Law School, Tim Wu, publicou seu artigo \u201cNeutralidade da Rede, Discrimina\u00e7\u00e3o na Banda Larga\u201d, sugerindo uma s\u00e9rie de proposi\u00e7\u00f5es para lidar com quest\u00e3o. Segundo Pedro Ramos2, esse debate teve origem no momento em que a expans\u00e3o da banda larga e a emerg\u00eancia de novas gera\u00e7\u00f5es Internet m\u00f3vel aumentaram o n\u00famero de dispositivos conectados em um ritmo muito maior do que a expans\u00e3o f\u00edsica das redes de telecomunica\u00e7\u00e3o dispon\u00edveis, surgindo evid\u00eancias de que provedores de servi\u00e7os da Internet (IPS) discriminavam, por meio de \u201ctraffing shaping\u201d, o tr\u00e1fego de aplica\u00e7\u00f5es que pudessem ser danosas a seus interesses comerciais (como aplica\u00e7\u00f5es VoIP que competem com servi\u00e7os de telefonia tradicional). Neste sentido, h\u00e1, pelo menos, tr\u00eas formas de discriminar um conte\u00fado ou aplica\u00e7\u00e3o espec\u00edfica na Internet: bloqueando, reduzindo sua velocidade ou cobrando um pre\u00e7o diferente pelo acesso \u00e0quele conte\u00fado.<\/p>\n

Bibliografia:<\/strong><\/p>\n

Conforme Wikipedia: https:\/\/pt.wikipedia.org\/wiki\/Neutralidade_da_rede
\nConforme o site http:\/\/www.neutralidadedarede.com.br\/<\/p>\n

Autor:<\/strong><\/p>\n

Rodrigo Foresta Wolffenb\u00fcttel<\/strong> – Mestre e Doutorando em Sociologia pela UFRGS, dedica-se a pesquisa sobre o desenvolvimento de inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica e cultural em diferentes ambientes socioculturais, especialmente interessado em inova\u00e7\u00f5es votadas para a sustentabilidade e problemas ambientais.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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