A tragédia dos Commons
Garrett Hardin
A corrida armamentista contfronta com o dilema de um crescente poder militar que diminui a segurança nacional.
Isto não terá uma solução técnica. Se as grandes potencias só olharem para solução de C&T, o resultado só piorará a situação. A solução técnica pode ser definida como aquela que exige muito pouco ou nada de mudanças de valores humanos e morais, ficando somente no campo do campo da técnica das ciências naturais.
Apesar de as soluções técnicas sempre serem bem vinda, principalmente em nossos dias, Weinser diz que a solução técnica não é possível, pois a solução não pode ser encontrada na ciência natural. A preocupação é com o conceito de “classe de problemas humanos” ????
Como eu posso ganhar o jogo tick-tack-toe?
Eu posso tentar ganhar alterando os registros, ou abandonando o jogo. De fato, ganhar, de qualquer maneira, significa abandoná-lo.
A maioria da classe de pessoas que querem resolver o problema da superpopulação acredita que a agricultura nos mares, ou as novas linhagens de trigo poderá resolver esta questão tecnicamente. O que o autor tenta demonstrar é que isto não é possível.
O que nós maximizamos?
Segundo Malthus, a população aumenta geometricamente, o que seria dizer agora, exponencialmente. O mundo finito, as condições per-captas compartilhadas de um bom mundo decrescem. “Is ours a finite world?”
Em termos práticos temos que admitir o aumento da miséria humana. O Espaço não é a saída.
Um mundo finito só suporta uma finita população, a soma deve ser igual a zero. Pode ser o ideal de Bentham de “the greatest good for the greatest number” ser realizado?
Não, por duas razões:
1 – Não é possível maximizar duas ou mais variáveis ao mesmo tempo, segundo Von Neumann e Morgenstern e implícito nas equações diferenciais.
2 – Está relacionada diretamente aos fatos biológicos. Para viver, os organismos precisam de fonte de energia. Para dois fins: manterem-se e para trabalhar. Para manter-se, um humano precisa de 1.600 kcal por dia. Fora sobreviver, todas as outras tarefas são consideradas trabalho (lazer, entretenimento, etc)… Efnim, a maximização de pessoas leva a uma maximização de mercadorias, o que torna impossível o ideal de Bentham.
Chegando nesta conclusão, a aquisição de energia é o problema. Mesmo com o surgimento da energia nuclear, e sua produção infinita, temos o problema da distribuição.
“Na natureza, o critério é de sobrevivência. (..) Seleção natural commensurates ou incommensurables. O compromisso alcançado depende de uma ponderação natural dos valores das variáveis.”
O homem deve imitar esse processo. Não há dúvida de que na verdade ele já o faz, mas inconscientemente. O problema para os próximos anos é o de desenvolver uma aceitável teoria da ponderação.
Nenhuma cultura ou população alcançou até hoje seu ponto de equilíbio de crescimento zero. Porém todos estão procurando seu estado ótimo de vida. Porém, o que se percebe é que o crescimento positivo tem aumentado as áreas miseráveis, e que o alcance do estado ótimo estaria muito longe se ser alcançado por todos.
Se no campo da economia, Adam Smith popularizou o conceito de mão invisível em que cada decisão individual contribui para um interesse público, então temos embasamento na análise racional, na tendência que se presume que a decisão invididualment será, de fato, ser as melhores decisões par auma sociedade. ” Se esta hipótese se justifica a continuação da atual política de laissez faire na reprodução, se é verdade que podemos supor que os homens irão controlar a sua fecundidade individual, de modo a produzir o “ótimo” população… temos de reexaminar nossas liberdades individuais para ver quais são defensáveis.
A Tragédia dos Commons
A impugnação à mão invisível no controle populacional encontra-se em um cenário pouco conhecido: Pamphlet em 1833 por um matemático amador chamado William Forster Lloyd (1794-1852). Nós podemos chamá-lo assim “a tragédia dos commons”
“A tragédia do commons desenvolve da seguinte forma forma. Numa pastagem aberta a todos é de se esperar que cada pastor irá tentar manter o maior número possível de cabeças de gado. Esse mecanismo pôde funcionar razoavelmente durante séculos, pois as guerras tribais, caça furtiva, doença e a o número de ambos os homens esteve bem abaixo da capacidade dos terrenos. Finalmente, chega o dia estratégico, ou seja, o dia em que a desejada meta de longo prazo, a estabilidade social torna-se uma realidade. Neste ponto, a lógica inerente da commons gera irreversivelmente uma tragédia.”
O pastor, pensando conscientem ou inconscientemente, como ser racional, se pergunta qual as vantagem de se manter esse processo: Seu ganho é +1 porque incrementa sua rês e portanto gera lucro para si. Seu ganho è -1 porque o incremento de mais uma rês no pasto superpopulado gera desagregação para todos, inclusive para si, portanto uma parcela -1.
Assim, a racionalidade seria aumentar seu rebanho ilimitadamente, em um espaçoo que é limitado. Aí estaria a tragédia dos commons, a racionalidade individual não compatibilizaria com o comum limitado. A liberdade dos commons seria a ruína de todos.
“Em uma forma aproximada, a lógica do commons foi entendida por muito tempo, talvez desde a descoberta da agricultura ou a invenção da propriedade privada no setor imobiliário”, mas em outras ainda continua funcionando sob o aspecto da infinitude, como os mares em que as nações acreditam ser uma inesgotável fonte de peixes, o que traz cada vez mais a tona a questão da extinção das baleias, por exemplo. ?????
Os parques nacionais também são tratados como commons e estão sofrendo cada vez mais “erosão”. Terão de ser tratados como limitados ou então não terão valor algum para ninguém.
O que se deve fazer? Vendê-los e torná-los propriedade privada? Ou propriedade pública porém limitada? ….
Poluição
“Em um caminho inverso, a tragédia dos commons reaparece em problemas de poluição. Aqui não é uma questão de abordar algo fora do comum, mas de considerar algo em – esgotos, químicos, radioativos, resíduos e calor em água; nocivas e perigosas para a atmosfera. Os cálculos de utilidade são sensivelmente as mesmas como antes. O homem racional considera que a sua parte dos custos dos resíduos que ele descarrega para o commons é inferior ao custo da sua purificação resíduos antes de libera-los.” Por isso sugere-se uma sobretaxação ou uma legislação que considere cada um responsável por sua cota de despoluição.
Como legislar a moderação?
Proibição é maneira fácil de legislar (embora não necessariamente de aplicar), mas como é que vamos legislar a moderação? A experiência indica que ela pode ser melhor realizada através da mediação de direito administrativo.
A liberdade de “breed” é intolerável
A impossibilidade de cada família gerir por seus próprios recursos seus filhos leva a uma tragédia dos commons. Numa sociedade vivendo em um bem-estar social, a capacidade de absorver essas pessoas está para além do seio familiar, e diz respeito a toda uma questão pública. Porém… “Infelizmente, este é apenas o curso de ação que está sendo perseguido pelas Nações Unidas. Em finais 1967, cerca de trinta países acordaram o seguinte: “A Declaração Universal dos Direitos Humanos descreve a família como a unidade natural e fundamental da sociedade. Daqui decorre que qualquer escolha e decisão em relação ao tamanho da família deve irrevogavelmente descansar com a família em si, e não pode ser feita por ninguém. ”(14)”
Consciência é autoeliminação.
Seria um um erro pensar que podemos controlar a reprodução da humanidade, a longo prazo, por um apelo à consciência.
Coerção:
Trantando o commons como privado ou sobretaxando sob forma de restringí-los.
Reconhecimento da Necessidade
Talvez o mais simples resumo desta análise é a seguinte: o commons, é justificável apenas em condições de baixa densidade populacional. Como a população humana aumentou, o commons teve de ser abandonado em um ponto após o outro.
Primeiro, abandonou-se o commons em alimentos, cercando terrenos agrícolas e restringindo pastagens e áreas caça e da pesca. Estas restrições ainda não são completos em todo o mundo.
Um pouco mais tarde, vimos que o commons como um local de eliminação de resíduos também teria de ser abandonado. Restrições à disposição dos esgotos domésticos são amplamente aceitos no mundo ocidental, ainda estamos lutando para fechar o commons na poluição causada pelos automóveis, fábricas, inseticida pulverizadores, adubação , a energia atomica.
Em um estágio ainda mais embrionárias é o nosso reconhecimento dos males do commons em matéria de prazer. Há quase nenhuma restrição à propagação das ondas sonoras em público. O nosso governo tem pago bilhões de dólares para criar um transporte supersonico que perturbem 50000 pessoas. Anunciantes turvar as ondas de rádio e televisão e de poluir a opinião de viajantes. Estamos muito longe de proibições de commons em matéria de prazer. Porque esta é a nossa herança puritana nos faz ver como algo no prazer, um pecado, e dor (ou seja, a poluição de publicidade), como o sinal de força (ou castigo???)?
Cada novo recinto do commons envolve a violação da liberdade pessoal. Creio que foi Hegel, que disse: “A liberdade é o reconhecimento da necessidade.”
O aspecto mais importante da necessidade que temos de reconhecer, é a necessidade de abandonar o commons. Nenhuma solução técnica pode salvar-nos do sofrimento da superpopulação. Liberdade de (filhos, raça, crescimento ???? nao entendi) trará ruína para todos. Neste momento, a fim de evitar decisões difíceis muitos de nós são tentados a propagandiar a consciência de paternidade responsável. Porém devem ser combatidas em virtude de, me curto prazo, não termos mais consciência nenhuma.
A única maneira de preservar e cultivar outras liberdades é renunciar a liberdade de raça. “Liberdade é o reconhecimento da necessidade” – e é o papel da educação para revelar a todos a necessidade de abandonar a liberdade de se reproduzir. Só assim, é que podemos pôr fim a este aspecto da tragédia do commons.